“Cairão (os judeus) ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lucas 21:24).
Esta declaração, feita no ano 30 AD., proporciona uma das maiores demonstrações da autenticidade do que Cristo afirmava. Declarava-se Filho de Deus (João 10:36). Os dirigentes judeus não criam nisso; deliberaram pois matá-Lo. Então Jesus, de imediato, predisse o juízo que iria recair sobre a cidade de Jerusalém e seus habitantes por terem-No rejeitado. Nenhuma conjectura, por feliz que fosse, podia predizer acontecimentos situados a dois mil anos do futuro. O fato, porém, de Jesus fazê-lo mostrou que Ele falava pelo Espírito de Deus, e o correr dos séculos tem revelado a exatidão das Suas palavras.
Quão exatas se cumpriram as predições de Cristo! Quarenta anos após a Sua morte na cruz, os romanos com seus exércitos sitiaram Jerusalém. Os obstinados judeus, prestando ouvidos aos seus próprios falsos profetas, resistiram, e a cidade foi tomada, incendiada, e o povo levado cativo para todas as nações (Lucas 21: 20-24).
Porém a rejeição dos judeus, segundo escreveu Paulo em Romanos, capítulo 11º, não é final. O que ia acontecer era que por longo tempo seriam dispersos até ter entrado “a plenitude dos gentios” (Romanos 11:25). O fato de ser o vocábulo “até” usado na declaração: “até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles”, dá a entender que virá o tempo em que Jerusalém não será mais pisada pelos gentios, nem estarão os judeus dispersos entre as nações. Retornariam à pátria, e é justamente o que está hoje acontecendo. Ficamos, portanto, sabendo que o tempo dos gentios se completou.
É interessante notar que a possibilidade de os judeus se constituírem nação foi contestada por alguns, mas desde maio de 1948, se tornou isso fato consumado. Não obstante estarem eles em sua pátria, são ainda réus de juízo, conforme Jesus plenamente declarou, em virtude de terem regressado em estado de incredulidade (Mateus 24:15-22).